Chovem cães e gatos

Todos nós, que temos em casa animais de estimação, já tivemos episódios menos felizes co-protagonizados pelo nossos amigos de quatro patas e um qualquer pé de mesa, tapete ou poltrona. A verdade é que muitas famílias (sobretudo as que não têm e nunca tiveram animais de estimação) têm ainda a convicção latente que os animais vão arruinar a mobília e os têxteis, invariavelmente tornando a casa fedorenta. 

1. Pêlos

Quem não deixa cair pêlos? A sério há alguém que se possa gabar de não ter pêlos e cabelos humanos pela casa, particularmente no chão da casa de banho? Inclusivamente, estou disposta a arriscar que viver com um cão de pêlo curto será melhor do que partilhar o espaço com o Tony Ramos. Escovar o pêlo regularmente e usar um bom aspirador resolve-vos o problema (a vocês e ao Tony). Obviamente, existem cães e gatos com pêlo mais propenso à queda, portanto, procurem animais de pêlo liso e curto para evitar esta questão.

Decorativamente falando, se os vossos amigos preferem dormir a sesta nos vossos sofás e tapetes ao invés de nas próprias camas, adaptem o vosso espaço a suas excelências. Procurem usar sofás de uma cor que se aproxime o mais possível à dos vossos animais e que possuam capas amovíveis e laváveis não vá o vosso gato entornar o café que está a beber no sofá (Ah! esperem, isto acontece-nos é a nós!). Apostem também nas mantas em cima dos sofás de forma a que não destoem a decoração: se colocarem uma manta fofinha em cima do sofá, os vossos animais preferirão sempre a manta ao sofá. 

Em relação aos tapetes procurem tecidos predominante escuros e com padrões fechados, o que fará com que as nódoas e os pêlos fiquem bastante camuflados. Os tapetes da Dash and Albert são  uma óptima opção porque sendo tapetes adequados para o interior e exterior são também facilmente laváveis. Claro que uma caminha própria e disciplina atribuída na base do reforço positivo batem as outras opções aos pontos!

2. Odores

Acreditem, vocês não querem ser o amigo dos animais com a casa fedorenta (eles "andem" aí)! Em primeiro lugar, se a casa é mal-cheirosa com animais é, única e exclusivamente, porque já o era antes e nunca se tinham apercebido porque se tratava do vosso próprio aroma. Nenhuma casa que é limpa com regularidade assume este tipo de odores. No caso dos cães terá de haver especial atenção na sua própria higiene uma vez que, ao contrário dos gatos, estes não são auto-suficientes nas artes da "limpeza de pêlo". Portanto, se limpam o vosso espaço semanalmente e se estão dispostos a dar um banhinho ocasional ao Pantufa, o problema está resolvido.

3. Arranhadelas e dentadas

Em relação aos cães, a grande maioria destas coisas pode simplesmente ser evitada se adoptarem um animal crescido. Eu sei, eu sei...mas eles não fazem aqueles barulhinhos adoráveis, nem têm uma barriga cor de rosa e macia; pensem que vão poder preservar os pés da vossa mesa pé de galo e evitar o levantar do soalho (que é sensível a água ou outros fluídos corporais). Se quiserem mesmo ter um cão jovem devem estar conscientes que estas situações vão inevitavelmente acontecer, em maior ou em menor quantidade. Cabe-vos a vocês ter paciência e educá-lo. Por outro lado, a melhor opção para evitarem roídelas de cães bebés nos pés dos vossos móveis é...(pause para suspense)...se estes não tiverem pés! Existe já uma grande diversidade de móveis suspensos (aparadores, estantes, móveis multimédia) à medida das vossas necessidades. 

via http://www.deucecitieshenhouse.com/

Quando aos gatos a palavra de ordem é: cordel. Tão simples quanto isso. Se lhes proporcionarem arranhadores, regra geral, eles irão usá-los. Contudo, aprendi à minha custa que há tecidos que são muito apetecíveis para os gatos, como os tweeds e as malhas. Se têm um sofá de um tecido que puxa fios facilmente e vão adoptar um gato, comprem-lhe uma capa primeiro. Se têm um sofá do Ikea (aposto que 80% de nós tem) existem empresas como a Cover Couch que se dedicam a fazer capas à medida para sofás Ikea, nos mais diversos tecidos, cores e padrões. Os gatos não são fãs de microfibras, veludos e poliésteres (qual é a graça de arranhar algo assim?), por isso, podem apostar neles. 

Depois, podem facultar-lhes arranhadores que existem disponíveis nas mais diversas superfícies comerciais ou, podem fazer como eu, e duplicar a função dos pés da mesa de jantar. Basta adquirirem um rolo de corda de sisal (evitem as mais estreitas) que devem colocar à volta do pé da mesa, garantindo sempre que fica bem apertado e que não existem espaços que lhes permitam arranhar a própria mesa. Fica mais barato e evitam ter monos espalhados pela casa onde se arriscam a acertar com o dedo mindinho.

Em boa verdade vos digo, se não estão dispostos a fazer modificações na vossa casa para acolher um animal de estimação é porque não estão preparados para o receber e não o devem fazer. Por outro lado, aqueles que já sabem como é contar com aquela companhia extra nas tardes de sofá sabem que vale a pena.