21 de setembro de 2017

Uma opção orgânica: Quinta do Arneiro



Por ocasião de um aniversário visitei há algum tempo e, pela primeira vez, a Quinta do Arneiro. Esta fica já na região Oeste mas ainda perto de Mafra, concretamente na freguesia da Azueira, pelo que se torna uma óptima opção para quem pretende almoçar na zona da grande Lisboa.


O que verdadeiramente me encantou foi o espaço: a forma como está organizado, a decoração, os edifícios campestres com alguma história e que são engolidos pelos pomares de pêra rocha que o envolvem.

Sendo uma pessoa "nascida e criada" no campo, com acesso a frutas e hortícolas de qualidade e tendo pomares, hortas e animais de quinta, durante toda a vida, este é um ambiente que me é familiar, que encaro com muita naturalidade e, por isso, com pouco fascínio. No entanto, compreendo que para quem passa toda a semana entre semáforos, apitadelas e elevadores esta opção possa realmente constituir uma lufada de ar fresco.




Além da restauração podem sempre visitar a mercearia e adquirir produtos produzidos no local e da época, de acordo com as vossas preferências. No entanto, à semelhança do que acontece na maioria das mercearias e supermercados certificados como biológicos os valores praticados impedem estes produtos de chegar às mesas mais humildes. 



A refeição, maioritariamente vegetariana, mas não em exclusivo, foi composta por uma sopa de tomate assado bastante saborosa (um nadinha ácida para todas as mães e avós que sabem que isto se neutraliza com uma colher de açúcar; num ambiente onde a ausência de açúcar é um principio a acidez ganhou), seguida de uma salada de quinoa, abacate, tomate cherry e flor de coentros.




Seguiu-se a opção vegetariana para o prato principal: grão de bico com abóbora e beringela grelhadas, pesto de manjericão e amêndoas. A segunda opção incluía vitela estufada com puré de cenoura, pimento, cebola roxa, courgette e caju. Por fim, a sobremesa consistiu em morangos da quinta com puré de morango e manjericão.



As mesas simples e os apontamentos tradicionais (pontuados aqui e ali com loiça, muito conhecida, de origem Sueca) marcavam as mesas e a decoração que foram para mim a verdadeira mais valia do espaço, onde predominava o bom gosto.




Um punch de sabor nos pratos vegetarianos e a adequação da tabela de preços ao valor dos produtos consumidos e das matérias primas utilizadas são as sugestões para este espaço que aguarda a vossa visita num dos próximos fins de semana que pretendam fugir à agitação da cidade.








Aproveitem a proximidade para revisitar Mafra e os seus ex-libris!


Sem comentários:

Enviar um comentário