17 de outubro de 2016

Inspiracionistas em viagem: Madeira





Os últimos dias de férias de Verão, já em meados de Setembro, foram usados para um pequeno "island break" na Madeira. Tendo como vantagem a partilha da viagem com um conhecedor das paisagens locais, que foram usadas como o seu local de trabalho durante sensivelmente dois anos, foi através do aluguer de um carro que explorámos a ilha.





No dia da chegada ficámos pelo Funchal, aderindo ao clássico passeio pela marginal, viagem de teleférico e entrada no jardim botânico tropical, juntamente com Ingleses, Holandeses e Alemães semi-mumificados que conseguem ainda passar a perna a qualquer Português barrigudo de 40 anos.

De facto, o jardim botânico tropical foi uma agradável surpresa e aconselho a visita. Chega a ser revoltante uma pessoa esforçar-se tanto por ter meia dúzia de plantas com um ar saudável no continente, enquanto ali tudo brota e floresce com naturalidade.





No segundo dia fizemos o lado Oeste da ilha. Passámos pela Calheta, Porto Moniz, Seixal e São Vicente, parando frequentemente nos miradouros disponíveis para contemplar a vista. Subimos por fim ao Paul da Serra, onde fizemos a levada das 25 fontes e risco e nos cruzámos com diversos grupos tão ou mais perdidos que nós. O dia acabou com muito cansaço e diversos arranhões que fizemos para evitar uma manada de vacas com cara de poucos amigos a bloquear um trilho.




Embora sem reportagem fotográfica adequada, algumas refeições recomendáveis decorreram no restaurante Jaquet, onde o senhor Gonçalves sugeriu que começássemos com lapas e caramujos seguidos de um óptimo peixe espada preto em vinha de alhos e chicharrinhos fritos com verduras, batatas com alho e óregãos.




No dia seguinte percorremos o lado Este da ilha. Pela manhã, dirigimo-nos ao Pico da Areeiro para nos depararmos com chuva, vento, nevoeiro cerrado e cerca de 10ºC. Escusado será dizer que a magnífica vista ficou para a próxima visita. Seguimos para a levada do rei, de longe, para mim, a melhor experiência da viagem. Um trilho completamente rodeado pela densa floresta Laurisilva ou como facilmente acreditaria que estávamos no Bornéu.




O almoço foi rápido, sem qualquer significado gastronómico local, apenas para manter as energias até ao fim do dia. Aproveitámos então para comprar maracujás de diversas variedades (tomate, ananás e limão) e para espreitar as famosas casas de Santana (espreitar ao longe porque a multidão não permitia que nos aproximássemos e achámos mesmo que não valia a pena perder muito tempo). 




Fomos até à Ponta de São Lourenço para encontrar 33ºC e um percurso que achámos demasiado árido para quem vinha do Bornéu Madeirense: ficámos satisfeitos com metade do caminho. Descemos ainda ao Curral das Freiras para uma paragem rápida e, com uma meteorologia mais favorável, subimos novamente ao Pico do Areeiro, onde conseguimos espreitar alguns miradouros intermédios, já  que o pico, em si, continuava enevoado.






Os 420Km percorridos em apenas três dias são indicativos de que explorámos bastante a ilha. A próxima visita passará certamente por uma visita ao Porto Santo e por explorar mais paisagens naturais, trilhos e levadas. Quem sabe numa próxima oportunidade consigamos acompanhar o ritmo dos reformados do Norte da Europa!

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