10 de fevereiro de 2016

Um livro silencioso



Não estou certa de que seja a tradução correcta, uma vez que a importei de "quiet book" (livro quieto? quando é que os livros não estão quietos e calados?), mas adiante. A minha sobrinha mais nova completou um ano. E queria oferecer-lhe algo feito por mim, mas que fosse estimulante e didáctico.

E assim nasceu este pequeno livro de tecido, feltro e contas de madeira.





Primeiro havia que decidir o tema e eu, como boa peri-urbana que sou, escolhi "a quinta". Tive a sorte de passar grande parte da minha infância na quinta dos meus avós, a perseguir coelhos assustados e a afagar a vaca Joana (nunca serás esquecida!) por quem recusei carne durante meses, aterrada pela ideia de que poderia ser a pobre no meu prato.


Muito popular entre os membros dos ranchos folclóricos que abundam no nosso concelho, a chita remete-nos para o tema rural do livro (estou a brincar, para além de gostar muito dos padrões, é nacional e merece destaque)




Se desenhar e cortar não forem os vossos talentos mais impressionantes, podem procurar por moldes online, há absolutamente tudo o que possam imaginar.







Em vez do porquinho e sus muchachos, podem optar por formas geométricas, números, percebem a ideia.



Incorporem tantos materiais distintos quanto possível. Mas lembrem-se da atracção irresistível dos bebés por colares, botões, óculos: cosam ou colem tudo muito, muito bem.

Lamento não dispor de mais fotografias do making-of , mas não usei quaisquer moldes, fui recortando e adicionando elementos de que me lembrei enquanto via o Guerra e Paz (mais alguém está a acompanhar?).
O meu conselho é, após decidirem o conteúdo e ordem de cada página, pensem numa lógica de jornal, isto é, eu cosi a primeira à última página, a segunda à penúltima e por aí fora.
Para além disso, lembrem-se de que para os bebés tudo parece comestível por isso é crucial que reforcem todas as costuras de modo a que não consigam arrancar nada.
 



























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